segunda-feira, 11 de julho de 2011

O DEUS DAS PESSOAS OCUPADAS ...

Estava lendo este texto abaixo e pensando em tantas pessoas que estão "ocupadas" demais para assumir o seu Compromisso de Batizado, de Cristão.
_"Hoje não posso..."
_"Hoje não dá..."
_"Quem sabe no próximo ano..."
_" Já tenho muito o que fazer..."

E com isso, o que vemos, são pessoas envolvidas em todas as Pastorais possíveis, por não ter ajuda daqueles que estão "ocupados demais" com o trabalho, com a família, com os amigos, com o seu próprio "mundinho". 

Louvado seja Deus, por ter pessoas verdadeiramente CRISTÃS!
Pessoas que assumem seu compromisso de Batizado, de filho e Herdeiro de Deus e trabalham por este Reino.

Fico tão feliz, quando vejo tantos catequistas que fazem o seu próprio tempo, dedicando esse precioso tempo para as coisas de Deus!

Não estão em busca de status. 
Não estão concorrendo entre si para ver quem tem mais seguidores ou o maior número de visualizações.
O que querem é levar essa Evangelização a todos que necessitam.

Fico imaginando quantos catequistas que sofrem em suas Paróquias por falta de formação e informação.
E graças a estes catequistas, esses Evangelizadores  Virtuais, podemos ter acesso a tanta FORMAÇÃO e INFORMAÇÃO.

Bom, mas vamos de fato ao texto então.


- Quando Deus chamou Moisés, ele estava ocupado com suas ovelhas no monte Horeb.
- Quando chamou Gedeão, ele estava peneirando o trigo de uma colheita.
- Quando procurou Saul, ele estava pegando o burro para seu pai.
- Quando chamou Eliseu, ele estava arando com doze juntas de bois.
- Quando chamou Davi, ele estava apascentando as ovelhas.
- Quando chamou Neemias, ele estava servindo o rei.
- Quando chamou Amós, ele estava pastoreando suas ovelhas.
- Quando chamou Pedro e André, estavam lançando as redes ao mar.
- Quando chamou João e Tiago, estavam consertando suas redes.
- Quando chamou Mateus, estava na cobrança dos impostos.

Palavra de vida: Nenhum deles estava de braços cruzados. Às vezes pensamos que, quem vai à igreja, é porque não tem nada que fazer. – Daí vem aquele provérbio popular: Que o demônio nunca te encontre desocupado.
(Postado por Silvanety)

sábado, 2 de julho de 2011

Resposta à falta de respeito com nós cátolicos

Parada Gay: respeitar e ser respeitado


por D. Odilo Scherer

Eu não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados.

Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!“Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.A Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna.Quem apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer.A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher.Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros.

Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 28.06.2011Card. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo